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domingo, 8 de junho de 2014

004/2012 42ª Reunião Ordinária

004/2014 - 42ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Meio Ambiente - CMMA

                                                   Biênio 2012/2014

Aos vinte e cinco dias do mês de março de dois mil e quatorze, reuniram-se na Sala do Pregão Municipal, localizada na Praça Raul Gomes de Abreu, nº 200, 2ºandar, Centro/Piedade, às dezenove horas, os representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente para a realização da 42ª reunião ordinária, tendo como pauta os seguintes assuntos: Finalização da ata 003/2014 da 41ª Reunião Ordinária;Análise dos documentos sobre a Denúncia feita na 41ªReunião Ordinária do Sr. Antonio Soares da Silva Neto; Análise dos documentos solicitados através do ofício 007/2014 para a  Casa da Agricultura; Discussão sobre o esboço do FUMBEM com o representante do Departamento Jurídico solicitado através do Ofício 003/2014; Questionamentos sobre o incidente ocorrido no Parque Ecológico;Caso da Mineradora APS.
A reunião teve início com a leitura do documento protocolado pela Sra. Ruth, presidente da AESFA sobre alguns pontos relacionados ao Regimento Interno deste Conselho. (anexo 004/2014).
A Reunião extraordinária citada na ata 003/2014 da 41ªReunião Ordinária foi suspensa, pois alguns membros da Sociedade Civil não poderiam estar presentes.
Em seguida a Srta Mariangela sugeriu que o assunto em pauta relacionado à finalização da ATA 003/2014 da 41ª Reunião Ordinária fosse feita em uma extraordinária junto com a ATA do dia. Assim ficou marcada para o dia 31 de março, às 19 horas, neste mesmo local, a reunião extraordinária para a redação das atas 003 e 004 de 2014.
Sobre a denúncia feita na 41ª reunião ordinária do Sr. Antonio Soares da Silva Neto, a Sra. Maria Consuelo, representante da saúde, informou que não obteve permissão para falar sobre o assunto porque não possui as informações necessárias. Sendo assim, a própria diretora, Sra. Marli poderá dar as explicações a quem estiver interessado. Portanto, o CMMA enviará um ofício à diretora de Saúde para que ela possa esclarecer o assunto.
Com relação à análise dos documentos solicitados através do ofício 007/2014 para a Casa da Agricultura, a plenária não pode executar a ação, pois o Sr. Alberto Shimoda, representante da Diretoria de Agricultura, não trouxe a documentação, alegando que o Diretor, Sr. Osmar Borzzachini, enviará as explicações via ofício.
Com relação ao ofício 003/2014, enviado ao Depto. Jurídico para análise sobre o Fundo Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal, a Srta. Caroline M. de Góes, representante desse Departamento, disse que analisou o projeto superficialmente, pois teve conhecimento do mesmo poucas horas antes da reunião do Conselho e que fará um estudo mais detalhado, enviando seu parecer por e-mail para os membros do CMMA.
Com relação ao incidente ocorrido no Parque Ecológico, noticiado no Jornal Folha de Piedade e Blog Bom dia Piedade (Anexo 005/2014), a Srta. Fabiana informou que o filho de um funcionário da prefeitura, do setor de obras, que estava em serviço, foi buscá-lo nas dependências do parque e resolveu conhecê-lo de carro, ocasionando o acidente no lago e que não foi penalizado. Ela não saberia mais detalhes, pois não estava lá naquele momento. A Sra. Daisy questionou ainda, o fato do jornal Folha de Piedade informar que o Parque se encontra abandonado e sem vigia.  A Srta. Fabiana informou que o vigia atual estava afastado por problemas de saúde e que no dia do incidente com o carro havia um funcionário escalado para fazer a vigilância e que este não compareceu ao trabalho. A Srta. Meirielen questionou se ainda existiam dois vigias durante o dia e a Srta Fabiana informou que não. Um já tinha saído há algum tempo e o que ficou está afastado por problemas de saúde.  A Srta. Mariangela perguntou qual seria prazo para essa vaga do vigia ser preenchida e a Srta Caroline informou que por volta de 30 dias para que formalizasse as etapas do processo do concurso público realizado.
A Srta. Mariangela questionou também qual departamento seria o responsável pela jardinagem da Rodoviária, pois, mais uma vez, as árvores foram exageradamente podadas e que em 2008 já efetuou a denúncia na Polícia Ambiental, garantindo a permanência delas no local.  A Srta. Fabiana informou que seria a diretoria de obras a responsável e lamentou o fato.
A Sra. Sônia, sociedade civil, questionou outro local de poda de árvores nativas próximas à escola Carlos Augusto de Camargo.  Disse que já ligou para a Coordenadoria para denunciar, mas que não viu nenhuma atitude tomada e que a Srta. Pamela informou que liberaram a limpeza do local e não a retirada de árvores. A Srta Fabiana disse que já notificou os autores e que foi elaborada uma denúncia à policia e que aguarda o laudo através de ofício.
Em seguida a Sra. Daisy leu a justificativa da Srta. Fernanda (anexo 005/2014), relativa às faltas dela.
A Mariangela questionou a presidente se o edital sairia ou não no jornal oficial. A mesma informou que conversou com o Dr. Renato Lima, que justificou o atraso da divulgação: o documento estava em análise do jurídico e sairá no próximo Jornal Oficial com a justificativa do atraso feito pelo próprio Departamento Jurídico.
A Sra. Daisy fez a denúncia de uma casa em reforma, na Rua Bruno Toelle, 31, de onde saía uma grande quantidade de água fortemente impregnada de tinta de pintura e escoava pela sarjeta, até cair no bueiro que desemboca no Rio Pirapora. Há fotos tiradas do local. Quanto aos lavadores de automóveis, questionados em reunião passada, a Srta. Fabiana informou que todos os lavadores já foram notificados para fazerem a caixa de contenção e tratamento e que teriam o prazo de 3 ou 4 meses. Este prazo já  expirou mas que ainda não conseguiu tempo para fiscalizar as ações. A presidente comentou, ainda, que não adianta discursar que devemos preservar o nosso rio se na cidade nós não preservamos, e é onde mais poluímos e devemos tomar muito cuidado com isso. O problema é não ter fiscalização e o Conselho pede, mais uma vez, que seja definido um fiscal para a área ambiental.
Sobre o Caso da Mineradora APS, o ofício enviado à Prefeita, solicitando audiência pública não foi respondido e segundo a Srta Fabiana, a Prefeita solicitou um parecer técnico da CETESB e aguarda resposta.
A Sra. Mariangela questionou a Srta. Fabiana sobre o outro pedido de mineração informado em reuniões anteriores da Empresa EXTRAFIL Minerais, se seria no bairro do Limal ou Fazendinha do Limal, pois as referências dadas deveriam ser mais precisas. A Srta. Fabiana informou que é o Bairro Fazendinha do Limal, próxima ao Bairro dos Garcias. O processo foi arquivado por falta de continuidade de interesse da empresa mineradora.

Voltando ao caso da mineradora APS, o Sr. Mario, professor da Escola Estadual Profª Dímpina Rocha Lopes, do Bairro Miguel Russo, leu uma carta sobre o tema de seu projeto pedagógico relativo ao Dia Internacional da Água-Tema-Rio Sarapuí, que motivou o interesse de alunos e da comunidade em torno da área afetada pelo empreendimento, (anexo 006/2014). Em seguida o estudante Lucas Dias dos Santos leu o questionário dirigido a este Conselho.Disponibilizando o trabalho elaborado em classe.(Anexo 006/2014)
1)Em relação à Lei de Zoneamento Municipal da cidade, que foi inclusive uma conquista deste Conselho, onde está previsto não aceitar empreendimentos perigosos neste local, por que o mesmo Conselho emitiu um parecer favorável à instalação da Mineradora APS?
A Sra. Daisy respondeu que, através da votação, a maioria das pessoas presentes na ocasião foi favorável à emissão do mesmo, mas que isso não quer dizer que o parecer foi favorável à empresa. E há um trecho da Lei que menciona a proibição a “pedreiras e congêneres” e que, segundo ela, a palavra “congêneres” pode ter duas interpretações (esta palavra generaliza as atividades e não especifica quais podem ou não ser instaladas). Disse ainda que existem mineradoras de alto, médio e baixo impacto, e que da APS não é exigido sequer EIA/RIMA. A Srta. Fernanda informou que não estava presente na reunião extraordinária do dia 03/02/2014 por desconhecer a ocorrência da mesma, e que, no dia em que o empresário apresentou o projeto de mineração, comentou que este caso da mineradora é semelhante ao da USP Leste, onde o terreno e a água estão contaminados e a CETESB liberou o local, mas que só agora, com a história vinda à tona corretamente, é que a unidade escolar vai ser fechada. Por isso não devemos acreditar cegamente no que diz a CETESB. A Srta. Meirielen, em relação à pergunta do estudante Lucas, disse que a palavra “congêneres” abre margem para duas interpretações possíveis, e que entende a postura do Lucas, pois se esperaria de um Conselho de Meio Ambiente, a opção pela interpretação mais zelosa ao meio ambiente.  A Sra. Sônia afirmou também que as pessoas não poderiam culpar somente o Conselho, pois a sociedade delega a alguns as decisões que deveriam ser coletivas e ficam em casa sem qualquer preocupação sobre os assuntos debatidos. A presidente, mais uma vez, aproveitou a ocasião para chamar a atenção de todos os presentes à importância da participação popular não apenas nos Conselhos como também nas sessões da Câmara dos Vereadores.

2)A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 225, tornou obrigatória a realização prévia do EIA, que foi seguida por várias constituições estaduais e leis orgânicas do município, apresentando suas conclusões traduzidas no RIMA. A APS apresentou estudo de impacto de vizinhança (EIV), que no nosso modesto entendimento, tem uma abordagem mais direcionada ao perímetro  urbano do que na Zona Rural.Sendo assim gostaríamos de saber se o Conselho compartilha da nossa posição em exigir que o estudo torne-se obrigatória na nossa lei orgânica em todos os empreendimentos pretendidos dentro da área de zoneamento e também no caso específico da mineradora em questão ?

A Srta. Fabiana informou que não foi pedido o EIA porque o plano diretor do município não solicita isso, mas foi apresentado para o Conselho e o mesmo não solicitou EIA/RIMA. A Srta. Meirielen informou que este estudo seria muito caro, e que, salvo engano, a CETESB diz que ser for empreendimento de baixo impacto não precisaria apresentar o estudo. No seu entendimento, se a CETESB não exige, o município poderia exigir para analisar melhor o caso.
3)Verificamos que em fevereiro este Conselho enviou a Prefeita uma solicitação de audiência pública sobre o tema da instalação da mineradora APS.Gostaríamos de saber que já tiveram alguma resposta deste Ofício?
Como o assunto já havia sido levantado durante a reunião, a resposta era que ainda não foi respondido o ofício pela prefeita. O Sr. Mario perguntou se teria como reiterar o ofício e teria um prazo específico para receber a resposta, e os membros concordaram que sim e emitiriam um novo ofício, e a Srta. Mariangela informou que os prazos para respostas de ofícios já expiraram.
4) Em relação à receita gerada e impostos que virão ao município, o Conselho não acha que as despesas são maiores que os lucros?
A Srta. Meirielen explicou que a empresa realizou um estudo de viabilidade econômica do empreendimento, que foi submetido ao DNPM. Disse ainda que segundo a tributação para esse tipo de minério, a CEFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) deve recolher 2% do lucro do empreendedor; sendo que esse valor será distribuído entre União, estado e município (o município fica com 65% desses 2%). O Sr. Mario sugeriu que refletíssemos sobre qual seria o ganho social da geração de empregos mencionada pela APS, uma vez que 70% das famílias do local são de pequenos agricultores e pretendem continuar com essa atividade.  A presidente perguntou, em seguida, qual seria o tamanho exato da área pretendida, ao que os presentes informaram-na de que a área mencionada pelo empreendedor é de 20 alqueires, no entanto, a área informada no processo da APS é de mais de 1.300.00 ha. Um dos estudantes explicitou que sua família vive da agricultura no entorno do local pretendido e que seriam muito prejudicados com a exploração minerária nos arredores. Continuando, o Sr. Mario declarou que o município deveria estar preocupado em buscar formas de assistir os agricultores, e a Srta. Meirielen alertou os representantes da Prefeitura para que orientem adequadamente a prefeita sobre o empreendimento, já que em reunião com os moradores ela afirmou que a área a ser explorada seria do tamanho de um campo de futebol.
5)Todos e quaisquer problemas que deverão acontecer serão muito prejudiciais! Quem ou qual órgão do município poderá garantir que os danos serão reversíveis?
A Srta. Fabiana afirmou que alguns danos ocasionados quando da exploração no local são reversíveis e outros não reversíveis, conforme exposto no EIV. Sobre a compensação ambiental prevista (plantio de 50 mil árvores), os presentes manifestaram pesar frente à possibilidade das mudas sequer serem plantadas em Piedade, e sobre a postura do Diretor de Agricultura, que afirmou em reunião passada, que o município não pretende interferir no que diz respeito à compensação ambiental. A Sra. Daisy disse acreditar que um plano de conservação para o Rio Sarapuí, já tão assoreado, seria mais relevante ambientalmente do que o plantio de tantas árvores. A Sra. Ruth lembrou que o Rio Sarapuí abastece outros municípios (tais quais Sarapuí e Tatuí, conforme explicado pelo Sr. Éder) e que já os informou a respeito da possibilidade de mineração na bacia, o que tem gerado grande preocupação, principalmente por causa das nascentes na área. Citou também o caso do município de Salto de Pirapora, vastamente explorado pela mineração e que enfrenta graves danos ambientais. A Sra. Ruth elogiou ainda o trabalho dos estudantes durante o Dia Mundial da Água, e afirmou que as leis devem ser repensadas a fim de evitarmos maiores transtornos.
6) Vocês sabem que há muitos pedidos no DNPM para mineração no manancial do Sarapuí? Como pretendem lidar com os impactos? Afinal, se uma licença for concedia, por que negar as outras?
A presidente informou que o CMMA tem conhecimento do grande número de pedidos e que se lembra de um mapa produzido pela gestão anterior que mostrava várias dessas áreas. A Srta. Fabiana afirmou ter uma versão atualizada do mapa e disse que o disponibilizará na próxima reunião. A Srta. Meirielen lembrou que muitos deles são pedidos de pesquisa, mas se há pretensão de alteração da lei, isso deve ser feito antes que solicitem a certidão de uso e ocupação do solo ao município.
7)As prefeituras das cidades vizinhas, por onde o rio passa, já foram contatadas para a discussão sobre os possíveis impactos ambientais?
O estudante Lucas questionou se as cidades abastecidas pelo Sarapuí já foram informadas oficialmente sobre a APS, ao que o Sr. Éder, da SABESP, respondeu que não. A Srta. Meirielen afirmou que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê deveria ser informado via Conselho e Prefeitura, ação que foi combinada com a Coordenadora de Meio Ambiente.
Em seguida, a Sra. Ruth informou que protocolou ao CMMA, ao Setor Jurídico da Prefeitura e à prefeita um pedido de revisão das posturas e ações do CMMA durante o processo de emissão de parecer favorável à instalação da APS Mineração. Segundo ela, o intuito é de invalidar o parecer do Conselho em virtude de descumprimentos regimentais. A Srta. Meirielen informou que durante a última reunião ordinária, houve votação para decidir se o parecer seria mantido ou suspenso, sendo que a maioria dos membros presentes votou por sua manutenção. A presidente procedeu à leitura do ofício, tentando analisar cada ítem solicitado, mas algumas citações, apesar de serem consultadas diretamente a Sra. Ruth, não foram localizadas no Regimento Interno e portanto não puderam ser devidamente esclarecidas. Assim sendo, os membros acordaram que o regimento precisa ser melhor conhecido por todos.
Finalizando as discussões, a Srta. Caroline ponderou que, apesar do trabalho realizado pelos estudantes e das falas dos presentes, o Conselho não pode considerar somente uma perspectiva da questão e que a mineração é a base para produção de muitos bens de consumo atuais. A Srta. Meirielen disse que o grupo não nega a importância da atividade de mineração mas que, por uma questão de estratégia, economia e coerência, um município essencialmente agrícola, com 39% de sua área ainda coberta por Mata Atlântica e que alterou sua lei de zoneamento para proteger os muitos mananciais que possui, deveria posicionar-se de modo a defender a sua vocação (que não é de extração mineral) e o único rio que pode substituir o Pirapora no abastecimento público.
O Sr. Eder informou que não poderá estar presente durante a próxima reunião extraordinária.
A Srta. Mariangela elogiou o trabalho realizado pela Vigilância Sanitária durante campanha relâmpago de conscientização sobre o mosquito Aedes aegypti, opinando que a Prefeitura deveria repetir a abordagem no tocante a outros vetores.
Nada mais a ser tratado, encerrou-se a reunião, registrada em ata, lavrada e secretariada por, Mariangela Cesar Lomanto, 1ª Secretária, Fabiana da Silva Soares, 2ͣ Secretária, Daisy M.M.S.Homrich, presidente e Meirielen C. da Silva, Vice-presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Piedade, que lida e achada conforme, segue assinada pelos presentes.





               Daisy M.M.S.Homrich                                   Meirielen C. da Silva
                       Presidente                                                 Vice-presidente





            Mariangela Cesar Lomanto

                        1ªSecretária



















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